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A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) defende o trabalho com a consciência fonológica. No entanto, como desenvolvê-la na prática? É simples: através de recursos didáticos e jogos pedagógicos.
Antes de mais nada, o que é consciência fonológica?
Segundo SOARES (2017)*, a consciência fonológica se refere à compreensão de que as palavras são compostas por diferentes sons, abrangendo a capacidade de reflexão e manipulação de unidades linguísticas distintas.
A consciência fonológica é, ainda, composta por diversas habilidades que podemos promover no dia a dia, como: separar, contar, identificar e produzir sons e letras.
Nesse sentido, os jogos são ótimos aliados para privilegiarem a ludicidade ao invés do treinamento mecânico. Para isso, a professora deve estar atenta para selecioná-los de acordo com as habilidades metafonológicas que se deseja praticar.
É ajustando a proposta de ensino com intencionalidade que se contempla os diferentes níveis da turma, a fim de potencializar e garantir a reflexão de cada estudante.
Importante lembrar que a consciência fonológica é composta por alguns níveis e que cada nível tem as suas particularidades a serem consideradas na elaboração e seleção dos recursos didáticos.
Consciência Silábica
O que é
Em síntese, corresponde à capacidade de segmentar as palavras em partes menores: as sílabas.
Exemplos de Atividades
Corrida silábica
(Fonte: Illuminare Ateliê Didático)
A corrida silábica é um jogo de tabuleiro em que a criança sorteia uma imagem e deve segmentá-la, oralmente, para saber o número de sílabas corresponde às casas que irá andar.
Quantificação Silábica
(Fonte: Illuminare Ateliê Didático)
É um jogo bem simples, em que a criança visualiza a imagem da cartela e quantifica a quantidade de fichas a serem colocadas de acordo com as sílabas da palavra encontrada.
Bingo Animal e Forma Palavras
(Fonte: Illuminare Ateliê Didático)
São recursos importante para que as crianças comecem a enxergar as letras ao realizarem a quantificação das sílabas. Em ambas as atividades, a criança precisa ser capaz de ler e colocar a palavra em ordem. Atentando-se para o fato de que diferentes palavras podem compartilhar a mesma sílaba.
Consciência intrassilábica
O que é?
São as rimas (palavras com mesmo som final) e aliterações (mesma sílaba ou fonema inicial).
Exemplos de atividades
Baralho Didático
(Fonte: Illuminare Ateliê Didático)
Atividade em que as crianças precisam encontrar outras palavras que rimam com o vocábulo da imagem. Exemplo: palavras que rimam com tambor.
Encontre a Rima
(Fonte: Illuminare Ateliê Didático)
As crianças devem procurar nas fichas as palavras que rimam com as imagens constantes das cartelas. O mais interessante é que, através desse jogo, elas vão sendo capazes de estabelecer conexões com a forma escrita.
Palavra Dentro de Palavra
(Fonte: Illuminare Ateliê Didático)
Uma ótima alternativa para praticar a descoberta de novas palavras que se encontram “escondidas” umas nas outras.
Consciência Fonêmica
O que é?
É a habilidade de reconhecer e manipular fonemas, última aptidão a ser desenvolvida pela criança. Por exemplo: “gato e pato”, a criança deve ser capaz de perceber que elas se diferem pelo fonema inicial e que, por isso, tem sentidos diferentes.
Exemplos de Atividades
Roleta das Letras
(Fonte: Illuminare Ateliê Didático)
Recurso para estimular a competência da criança de identificar o som que faz a letra e encontrá-la nas imagens.
Alfabeto Lúdico
(Fonte: Illuminare Ateliê Didático)
Um ótimo recurso didático para trabalhar a habilidade de reconhecimento da grafia e som das letras.
Lembrando-se, sempre, que é importante ter intencionalidade e clareza na utilização de cada um desses jogos e que eles podem ser explorados com grupos inteiros ou intervenções de alunos específicos.
Sem dúvidas, com todas essas dicas de recursos didáticos, a sua prática pedagógica, tanto para sala de aula, quanto para uso particular, ficará ainda mais completa.
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Grande abraço,
Iara Rodrigues
(Texto redigido por Iara Rodrigues e revisado por Daiane Garcia).
*Referência Bibliográfica: SOARES, Magda B. Alfabetização: a questão dos métodos. São Paulo: Contexto, 2017.