Sistema de Numeração Decimal

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Será que os homens das cavernas contavam como nós contamos? Será que quando eles caçavam, marcavam uma trilha ou pensavam no tempo, eles imaginavam, escreviam e falavam o número “1, 2, 3…”? Será que faziam agrupamentos de 10 em 10? Certamente não…

Existem diferentes sistemas de numeração (e essa história pode ser trabalhada com as crianças, a fim de que eles compreendam e vejam sentido no nosso sistema!). E, voltando aos homens das cavernas: não temos registros tão antigos de  quantidades nos números que conhecemos hoje, embora existam registros de “risquinhos” que, provavelmente, remetam à contagem. A construção do sistema de numeração decimal não foi feita da noite pro dia, e essa mesma construção nas crianças também leva tempo.

O nosso sistema é decimal porque dizemos que ele tem a base dez. Possuímos 10 algarismos (de 0 a 9) e, com eles, conseguimos construir qualquer outro número. É FUNDAMENTAL que as crianças tenham consolidado bem esse sistema para que possam manipular os números, compreender quantidades e realizar cálculos.

É possível trabalhar com a construção deste sistema desde a Educação Infantil. No primeiro ano, é imprescindível o uso de materiais concretos e manipuláveis, que são próprios para desenvolver essa habilidade. Os materiais mais conhecidos são o ábaco e o material dourado.

Eu,   particularmente, sempre trabalhei com o material dourado e obtive muito êxito. Já fiz uso tanto em sala de aula, como em atendimentos particulares (com crianças que não usavam na escola e conseguiram aprender com facilidade através do material concreto). Se as crianças estão em uma escola que não possui esse recurso, e nem as famílias, o material pode ser confeccionado com E.V.A ou um papel grosso, bem durável. A ideia é que cada um tenha o seu e que eles possam usar o ano todo, afinal, esse material vai servir também para introduzir todos os cálculos.

Como desenvolver o sistema de numeração decimal através do material concreto?

Aí vão algumas dicas:

  • Deixar que as crianças manipulem, ainda sem saber pra quê o material serve. Deixar que eles criem hipóteses;
  • Manipular como um brinquedo, fazendo construções;
  • Começar pelo conceito de UNIDADE, onde cada quadradinho representa UMA unidade;
  • Pedir que eles representem quantidades (“quero que cada um, na sua mesa, represente o número 7! Agora o 9!”…). Fazer o registro através de desenhos – damos o número e eles fazem a representação gráfica e também vice-versa;
  • Partir para o conceito de dezena (“quantos quadradinhos vamos precisar para montar uma barrinha? Toda vez que eu precisar do 10, posso pegar direto a dezena! Vamos montar o 12? E o 15, como seria? Um desafio: quero que montem o 20…”). A representação gráfica pode (e deve) ser feita novamente como forma de registro;
  • Se for o momento, fazer a introdução das centenas da mesma forma;
  • Introduzir adição e subtração (“Montem o 18 pra mim! E agora, se tiramos 5, com quantos ficamos? E se colocarmos 3, quanto fica?”);
  • Ensinar EXPLICITAMENTE que podemos contar de 10 em 10, de 100 em 100… (“Se eu tenho 8 dezenas, vou contar quadradinho por quadradinho? Não seria muito cansativo? Como posso fazer isso?);
  • Trabalhar com o QVL (Quadro Valor Lugar).

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Um Abraço, 

Camila Oliveira

6 Comentários


  1. OI verdade tem pessoas que não consegue aprender eu tenho um aluno que não consegue aprender a divisão eu uso técnicas mas não e fácil mas eu não desisto dele.

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