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Corrigir produções textuais pode ser um trabalho intrigante, afinal de contas, há MUITOS aspectos que podemos corrigir em um texto: estrutura, ortografia, coesão, coerência, sequência lógica de fatos… Sendo assim, hoje eu trouxe CINCO cenários que acontecem na sala de aula e suas respectivas soluções.
Cenário 1: Alunos amontoados, um atrás do outro, esperando para nos mostrar os textos (fora os alunos que estão esperando para pedir para ir ao banheiro ou contar algo que o ‘fulano’ fez).
Solução 1: Precisamos rever a concepção de escola, infância e professor. Porque precisamos manter a cultura de que TUDO o que é feito precisa do ok da profe? Será válido perder uma hora de aula com crianças em uma fila, esperando para atender uma criança em dois minutos e pedindo para ela sentar e retomar? Uma boa ideia seria fazer a revisão individual (que pode ser guiada por algum roteiro). A profe pode ensinar a revisar dando textos com erros propositais, afim de ajudar as crianças a serem os “detetives” do texto dela. É preciso ajudá-los a ter autonomia para realizar tarefas!
Cenário 2: Meus alunos não escrevem sozinhos! Escrevem duas frases e já não têm mais ideias…
Solução 2: Novamente, muitas vezes as crianças dizem não ter ideias porque precisam da aprovação do professor. Vamos pensar: que repertório nós demos para que estas crianças possam escrever? Precisamos “atiçar” a criatividade dos alunos, deixar eles “fervilhando de ideias”. A turma precisa saber por quê, para quem e como vão escrever. Nossas intervenções (orais ou escritas) devem incentivar eles a pensarem mais sobre as ideias, e não apenas “podá-los”, com uma riscalhada de marcações em parágrafos, palavras escritas incorretamente, falta de pontuação, dentre outros aspectos. Produções textuais muitas vezes por semana também podem ser um fator que agrava a “falta de ideias”.
Cenário 3: Corrigir produções de texto dá um cansaço, pois temos muitos aspectos para corrigir: ortografia, estrutura, coesão, coerência…
Solução 3: Não! Não é em todo texto que vamos corrigir todos os aspectos. Podemos, inclusive, explicar para as crianças (e escrever bilhetinhos para os pais tomarem consciência) de o quê será importante e corrigido naquela produção. Por exemplo: se estamos trabalhamos com diálogos, podemos falar isso para a turma e explicar que outros aspectos não serão tão considerados. Isso ajuda, inclusive, a consolidar tal aprendizagem, na medida que a turma fica focada naquele aspecto.
Cenário 4: Por que não corrigiu as palavras? Este texto está cheio de erros! Você não olha o caderno? O problema de corrigir para agradar os pais!
Solução 4: É importante que os pais saibam as metas para aquele trimestre e o modo como nós corrigimos. Isso pode ser conversado durante a primeira reunião do ano. Eles precisam saber que teremos prioridades, que não corrigiremos questões ortográficas que ainda não foram trabalhadas, que precisamos respeitar as hipóteses de escrita, o desenvolvimento do filho deles. Como estes pais não são pedagogos, é interessante que possamos explicar para eles, pois eles não vão adivinhar sozinhos!
Cenário 5: Só o professor pode corrigir? Não somos os únicos autorizados!
Solução 5: Os colegas podem corrigir uns dos outros, bem como podemos corrigir também oralmente ou coletivamente. Para isso, os códigos são MUITO legais (C/Q – corrigido no quadro (lousa!), C/O – corrigido oralmente…) dentre outros.
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Um Abraço,
Camila Oliveira
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