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Eu, Professora Camila, juntamente com a nossa aluna Carol Feijó, também conhecida como a “Princesa dos Dados”, fizemos uma live sobre como os dados poderiam ser usados na sala de aula como um recurso potente para desenvolver habilidades matemáticas. Dados são super baratinhos, encontrados facilmente em livrarias e bazares, além de poderem ser confeccionados com facilidade (já ensinamos a fazer em papel, com rolinhos de papel higiênico e até com caixas de leite).
Vamos às dicas?
1 – Relação entre número e quantidade: em um tabuleiro, escrevemos vários algarismos de 1 a 6. A criança lança um dado e deve contar as “bolinhas” do número que cair, encontrando o algarismo correspondente no tabuleiro. Assim que o encontrar, pode riscá-lo ou tapá-lo com uma bolinha de massinha. A foto é um registro da nossa aluna do Matemática na Prática, Cristiane Ribeiro.
2 – Nunca 10: esse é um jogo bem famoso, conhecido pelo PNAIC (Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa). O jogador deve lançar dois dados e somá-los. O resultado que ele encontrar deve ser pegado em palitos. O jogo também pode ser feito com material dourado. A ideia é que sempre que for formado o número dez, haja um agrupamento – no caso dos palitos, serão amarrados com um atilho e, no caso do material dourado, troca-se as unidades pela dezena. Ganha primeiro quem chegar no número combinado previamente pela professora (quem formar 50 primeiro, por exemplo).
3 – Subtraindo com palitos: cada jogador deve ganhar dez palitos. Conforme joga o dado, deve subtrair dos seus palitos e registrar na folha o algoritmo. Essa foi uma das atividades disponibilizadas pela professora Carol Feijó, que você pode baixar aqui.
4 – Desenhando com figuras geométricas: essa foi uma atividade que disponibilizei durante uma live sobre geometria e você pode encontrá-la aqui. As crianças precisam atirar dois dados, um com figuras (triângulo, círculo, quadrado, losango, retângulo e trapézio) e outro com números de 1 a 6. A quantidade que cair deve ser registrada em uma tabela e, após todas as figuras terem sido registradas, o aluno deve criar um desenho utilizando apenas as quantidades das formas que foram sorteadas.
5 – Jogo das Borboletas: essa foi mais uma atividade disponibilizada pela professora Carol. Há uma infinidade de intervenções que podem ser feitas a partir desse jogo, dependendo da sua intencionalidade e do ano escolar. Uma das possibilidades é utilizar um dado com cores e um com algarismos. Cada cor de borboleta equivale um valor diferente (azul 5 pontos, laranja 10 pontos…). As crianças atiram os dois dados, registram as quantidades e, por fim, calculam os pontos. A Carol também sugeriu que as borboletas fossem recortadas e coladas em uma folha onde o aluno completará o desenho. Ela disse ser uma excelente proposta para quando queremos fazer intervenções pontuais com alguns alunos, já que essa proposta de atividade mantém os estudantes sempre bem atarefados recortando, pintando, calculando ou desenhando!
6 – Ditado dos algarismos: essa é uma ótima forma de avaliar alunos pequenos, com o intuito de perceber se há compreensão e relação entre algarismo e quantidade, além de também trabalhar com as cores. Tranquilamente, pode ser realizado em aulas remotas. A professora sorteia o dado de números e o dado de cores. O que for sorteado deverá ser escrito pelas crianças. Por exemplo, se cair o número 6 e a cor azul, a criança poderá usar canetinha, tinta, massinha ou lápis de cor para representar o 6 na cor azul.
7 – Cálculo mental: esse jogo pode ser adaptado conforme o algoritmo que estiver sendo desenvolvido com a turma. Eu já usei com adição e subtração para minhas turmas de 1º ano dos Anos Iniciais e para a memorização da tabuada com os alunos do 4º ano. Fazemos duas filas de crianças e colocamos vários resultados na lousa. O primeiro aluno de cada fila atira o dado e faz o cálculo mental com os números lançados. Aquele que correr e bater primeiro no resultado certo, faz o ponto para o seu grupo.
8 – Bingo da soma: os alunos receberão cartelas com resultados de adições (até 12 se for com dados até 6 ou resultados maiores com dados que possibilitem). A professora lança os dados e as crianças precisam somar os números mentalmente. Se tiver o resultado em sua cartela, marca o ponto. Facilmente adaptado para o ensino remoto.
Se você se interessa por este assunto, clique aqui e conheça o MAP – Matemática na Prática. Lá, nós damos muitas ideias práticas para a sala de aula. A live completa sobre esses recursos, com várias explicações pode ser vista neste link.
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Grande abraço,
Professora Camila