Perguntas e respostas – parte III

Tempo de leitura: 3 minutos

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Vamos lá?

Quando começar o ensino da leitura?

A criança precisa, desde sempre, ter contato com diferentes suportes e gêneros textuais. Quando eles são bem pequenos, podemos deixar eles manusearem, brincarem, contarem as imagens, recontarem histórias conhecidas. Para discutirmos o ensino da leitura, devemos entender o que este conceito engloba: decodificação e compreensão. Sendo assim, o processo de leitura inicia com crianças bem pequenas, através da compreensão da funcionalidade da escrita (letramento), leituras logográficas e consciência fonológica. Depois, de maneira sistematizada (alfabetização), o processo vai ser realizado no período escolar formal.

Quais gêneros textuais trabalhar no 1º ano?

Tudo depende do currículo da escola, não é uma definição fixa. Devemos estar atentos ao contexto e às necessidades da nossa turma. Os diferentes gêneros podem aparecer em todos os anos do Ensino Fundamental, o que muda é a complexidade com a qual vamos trabalhar. No 1º ano é muito legal trabalhar com a funcionalidade da escrita dos diferentes gêneros. Eles devem ser bem refletidos, trabalhados e produzidos, durante um certo período de tempo.

Qual uma sequência de planejamento para o 1º ano?

Quem define o que ensinar em cada ano escolar são os documentos oficiais do nosso país, como a Base, e os documentos da escola. Assista a essa LIVE e veja umas ideias bem bacanas!

O que trabalhar depois que a criança está alfabética?

Novamente repito: é necessário observar os documentos! Contudo, de maneira geral, é necessário trabalhar com as regularidades da língua, sequência de narrativas, margens e parágrafos, estratégias de compreensão leitora… a meta é torná-los alfabetizados (e não só alfabéticos)!

Memorização é um método ruim?

Trabalhar com memória não é ruim. Existem MUITOS tipos de memória e precisamos entendê-las. O que é sem sentido é decorar algo, só por decorar. Eu preciso entender os processos e aí usar a memória a favor da aprendizagem. As irregularidades da língua, por exemplo, precisam ser memorizadas.

O que fazer com crianças que estão no 3º, 4º ano e não estão alfabetizadas?

Em um primeiro momento, eu preciso entender por qual motivo essa criança ainda não alcançou esse objetivo. É um contexto escolar? Parece ser um transtorno do neurodesenvolvimento? Seria interessante uma avaliação com outros profissionais, a fim de tentar compreender melhor esse aluno. Se a realidade nos impede de pedir esta ajuda, precisamos ir fazendo a nossa parte, trabalhando muito com consciência fonológica, voltando lá para o início do processo.

Como trabalhar com uma turma multisseriada sem deixar ninguém para trás?

As classes multisseriadas não são nosso objeto de estudo e nunca foi a nossa realidade, por isso, achamos um desafio falar sobre isso. Contudo, consideramos impossível fazer atividades totalmente diferenciadas e individualizadas todo tempo. Nessa realidade de sala de aula, podemos estipular dias para fazer essas tarefas específicas, enquanto os outros alunos podem fazer atividades com mais autonomia. É preciso também estudar a filosofia da escola em relação a este tipo de ensino: é assim em função de falta de professores? Ou por que é um princípio da escola? Se for uma escola que trabalha assim por acreditar nessa ideia, não adianta ficar fazendo coisas separadas e “dividir” as classes dentro de sala de aula.

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Um Abraço,

Camila Oliveira

 

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