13 Atividades para fazer com baralho!

Tempo de leitura: 6 minutos

O jogo de cartas é um recurso super democrático, pois é barato, facilmente encontrado e também pode ser confeccionado. A ideia de utilizar o baralho como material de aprendizagem em sala de aula não é de hoje, porém, como atualmente estou em uma cidade do interior do Rio Grande do Sul, tenho visto com frequência esse jogo, principalmente em praças, acompanhado do bom e velho xadrez, damas e dominós.

É importante ressaltar a necessidade de termos INTENCIONALIDADE por detrás das práticas lúdicas. Pode ser o jogo apenas pelo jogo? PODE e, neste caso, essa seria a intencionalidade: promover momentos de sociabilidade, dar espaço para o brincar. Contudo, as sugestões desse artigo de hoje, serão ideias para desenvolver habilidades matemáticas, que estarão listadas junto com jogo. Para saber mais sobre objetivos e habilidades no ensino da matemática, clique aqui.

Não esqueça: cabe ao professor protagonista deixar as atividades mais ou menos complexos, adaptando-as de acordo com a idade/ano escolar. Você pode utilizar um baralho normal, com naipes, um jogo de Uno e até enviar uma matriz com fichas de 0 até o número que você estiver trabalhando, como se fossem cartinhas de jogo.

 

  1. Separe os grupos – a ideia é dar o baralho para as crianças e pedir que eles separem em grupos (por cor, por naipe, por números, por números e letras, por par e ímpar…). Objetivo: classificação e seriação.
  2. Montar sequência – separar cartas (de 0 a 9, no caso do Uno; de ás a 10 ou até o Rei, no caso do baralho normal – se for utilizar as letras, tenha certeza que as crianças sabem o que elas representam, trabalhe isso antes do jogo) e pedir que os alunos montem a sequência correta. Você pode pedir que as crianças fechem os olhos e tirar uma carta para que ela identifique qual está faltando, colocar um número no lugar errado e pedir que ela reposicione… Objetivo: princípios de contagem.
  3. Batalha dos números: qual é o maior? – a batalha pode acontecer em duplas, trios e até quartetos. As cartas são divididas igualmente entre os alunos que mantém uma pilha em sua mão, virada de cabeça para baixo. Ao “já”, todos puxam a carta de cima de forma que o grupo veja. Aquele que possuir o maior número, leva as cartas dos amigos para o seu “montinho”. Objetivo: senso numérico, contagem, antecessor e sucessor.
  4. Memória – este é famoso! Selecione as cartas que vão participar do jogo (não dá pra ser o baralho todo, é muita coisa!). O objetivo é que as crianças encontrem as cartas iguais. Pode ser também outras versões: encontrar o mesmo número, calcular (adição, subtração ou multiplicação) com as duas cartas sorteadas e se acertar pegar o par para si… Objetivo: identificação numérica, reconhecimento de magnitude, cálculo mental.
  5. Rouba monte – neste jogo a dupla de anos divide o baralho entre si e segura um monte em suas mãos, apontando para baixo. Um de cada vez, começam a contar a sequência numérica virando as cartas para cima. Quando um número dito for o mesmo que aparecer no monte, devem bater com a mão na pilha de cartas. Aquele que bater primeiro, leva o monte. Outras versões do mesmo jogo poderiam ter como objetivo:
    1. Sequência – princípios de contagem
    2. Preto/vermelho – seriação e classificação
    3. Par/ímpar – distinção entre de par e ímpar
    4. Número primo – reconhecimento de números que são divisíveis apenas por 1 ou por ele mesmo.
  6. Adivinha quem eu sou? – um participante pega uma carta sem olhar e gruda na testa. Ele vai fazendo perguntas sobre o número que está ali (é par? É menor do que 5?…) e os demais devem responder apenas “sim” ou “não” até que ele acerte qual carta é. Objetivo: senso numérico.
  7. Rapidamente – se você leu com funciona o jogo batalha dos números, este tem um funcionamento parecido, porém, deve acontecer em duplas. Assim que os colegas mostram as cartas um ao outro, aquele que fizer o cálculo mental mais rápido, leva a carta do outro. Objetivo: cálculo mental (fatos básicos de adição, subtração e multiplicação. Não sugerimos que seja feito de divisão porque praticamente todas as possibilidades dariam números decimais).
  8. Cálculos estruturados – esta foi uma sugestão que eu peguei do nosso aluno Marcus Vinícius, que utilizou cartas de Uno e material dourado para sistematizar problemas matemáticos que foram feitos oralmente. Objetivo: sistematização do algoritmo.

9. Ditado de números – bela sugestão para avaliação diagnóstica, tanto no ensino presencial como no remoto. Pode ser feito de duas formas: em uma possibilidade, a professora mostra uma carta para a turma e eles devem escrever por extenso ou representar o número com desenho ou material de contagem. Na outra possibilidade, é ao contrário, a professora fala oralmente ou mostra um número por extenso ou a quantidade, e as crianças pegam a carta que o representa. Objetivo: construção do número, consolidação do triplo código.

10. Compra e venda – uma boa alternativa para desenvolver a ideia de compra e venda é utilizar as cartas como se fossem dinheiro. Objetivo: sistema monetário, cálculo mental.

11. Quem está faltando? – Em um tabuleiro, mostramos uma ou duas cartas para as crianças e pedimos que elas criem possibilidades para que o cálculo esteja correto, conforme as fotos. Objetivo: cálculo (adição, subtração, multiplicação e divisão), senso numérico, flexibilidade cognitiva.

12. Total 8 – a professora coloca várias cartas espalhadas no chão, todas viradas para cima. Ela fala “total 8” e as crianças devem encontrar possibilidades de cálculos que tenham este resultado, por exemplo, pegar duas cartas número 4, uma carta 5 e outra 3… O mesmo jogo pode ser feito também com subtração, multiplicação, divisão e até todas as operações misturadas. Objetivo: cálculo mental, composições aditivas, flexibilidade cognitiva.

13. Nuncal 10 – essa alternativa foi uma sugestão dada pela Profe Carol Lima. Trata-se de jogar o famoso Nunca 10, mas com cartas. Um aluno joga dois dados e soma os pontos, pegando a carta que simboliza o total. Assim, ele vai fazendo até que forme o número dez e ele possa trocar pela carta que representa este numeral. Objetivo: sistema de numeração decimal.

Se você se interessa por este assunto, clique aqui e conheça o MAP – Matemática na Prática. Lá, nós damos muitas ideias práticas para a sala de aula. A live completa sobre esses recursos, com várias explicações pode ser vista neste link.

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Grande abraço,

Professora Camila

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