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Há muitas perspectivas pelas quais podemos pensar sobre como as pessoas aprendem. Uma dessas perspectivas é a traçada pela Neuropsicologia em conjunto com a Psicologia Cognitiva. Esta abordagem nos ajuda a compreender um pouco sobre quais são as habilidades cognitivas gerais que uma criança deve ter bem preservadas para uma aprendizagem mais eficiente. Caso o infante apresente um déficit em alguma destas funções cognitivas, sua aprendizagem pode ser prejudicada.
Vamos conhecer brevemente algumas destas habilidades de domínio geral?
- Orientação: noção de identidade, tempo e espaço;
- Atenção: determinante na seletividade da informação
- Sustentada: capacidade de manter-se atento por um longo período;
- Dividida: capacidade de prestar atenção em duas tarefas ao mesmo tempo;
- Seletiva: capacidade de focar-se em um estímulo e inibir outro.
- Percepção visual: reconhecer, organizar e compreender as sensações recebidas pelos estímulos do ambiente;
- Linguagem: meio organizador do pensamento, possibilita a comunicação;
- Habilidades visuoconstrutivas: capacidade de discriminação visual, detecção de ângulos, figura-fundo, cores, profundidade, distância…;
- Memória:
- Semântica: organização do conhecimento a partir das palavras, seus significados, conceitos e relações;
- Episódica: armazenamento de informações em um certo tempo, espaço e contexto – recuperação das informações;
- Trabalho: capacidade de armazenar e manipular, simultaneamente, a informação.
- Funções executivas: capacidade mental para formular objetivos, planejar como alcançá-los e executar o plano de maneira eficiente.
O que as pesquisas revelam?
Atualmente, no Brasil, temos algumas (não muitas) pesquisas que fazem relações entre estas habilidades e o desempenho de crianças na leitura, escrita e matemática. As poucas investigações existentes, juntamente com as várias pesquisas já feitas no exterior, apontam a memória e as funções executivas como as funções neuropsicológicas mais relevantes para o sucesso da aprendizagem.
Como avaliar o funcionamento cognitivo dos meus alunos?
As avaliações formalizadas são apenas realizadas por profissionais especializados das áreas da neuropediatria, psicologia e fonoaudiologia. Contudo, nós, professores, que convivemos diariamente com as crianças, podemos identificar vários sinais e, inclusive, dar encaminhamentos mais eficientes. Professores, então, não fazem avaliações formais e diagnósticos a respeito destas habilidades, mas relatam situações e apontam fatos que auxiliem o profissional especializado.
Como eu posso, então, ajudar o meu aluno?
A realidade é que, nem sempre, o meu aluno terá recursos financeiros para fazer avaliações e intervenções em um profissional especializado (se essa for a sua realidade, procure as universidades e hospitais de sua cidade, pois alguns destes locais oferecem tratamentos sem custo). Se o professor percebe que o aluno possui dificuldade em alguma destas habilidades, é possível, sim, ajudar. Tudo depende de qual habilidade está comprometida.
Para alunos com dificuldade de atenção, por exemplo, temos vários vídeos da Clarissa, com dicas que podem ajudar. É só clicar aqui!
Crianças que têm dificuldade na habilidade de orientação, precisam de auxílio através do trabalho com o nome próprio, calendários, dias da semana, rotinas bem marcadas…
Em uma aula do CAP [MEU CURSO FECHADO DE ALFABETIZAÇÃO], damos os exemplos de cada habilidade e de como podemos intervir como professores! Se você ainda não faz parte deste curso online, conheça aqui: https://semanadaalfabetizacao.clarissapereira.com.br/cap
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Um Abraço,
Camila Oliveira