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Sem dúvidas, essa é uma das perguntas que mais chega à nossa equipe.
Muitos professores tentam entender como seus alunos podem conhecer o nome de todas as letras do alfabeto e, mesmo assim, não conseguir juntá-las. E, mais, indagam-se por qual razão muitos alunos aprendem a escrever, mas não a ler até então!
Será mesmo que a leitura e a escrita são parte de um processo natural? Bastaria o aluno estar inserido em um contexto de letras e livros para se tornar alfabetizado?
Obviamente que a resposta é não. Ao contrário da fala, que possui uma aprendizagem espontânea – a partir da cultura do sujeito, a aquisição do ler e escrever se desenvolve segundo um processo de aprendizagem.
E de qual sistema nós fazemos parte?
No Brasil, conforme MORAIS (2012, p.45)*, nós fazemos parte de um Sistema de Escrita Alfabética (SEA). Significa dizer que a nossa língua tem uma representação de letras e fonemas.
Dito isso, a leitura é composta por três procedimentos indissociáveis: a fluência, a decodificação e a compreensão. Vejamos:
- Fluência leitora: reconhecimento rápido e correto de palavras e de conjunto de palavras, ritmo e entonação adequados, o que depende da compreensão do texto.
- Decodificação: habilidades de domínio geral, conhecimento das letras, propriedades do SEA, consciência fonológica (manipular as unidades sonoras da língua).
- Compreensão leitora: a capacidade de ler autonomamente. Ler é atribuir significado ao texto e não um exercício de recitação. A aprendizagem da leitura e de estratégias para compreensão de textos requer ensino explícito e não se encerra na alfabetização.
Como se pode ver, as habilidades necessárias para a aquisição da leitura e da escrita vão se desenvolvendo à medida que a criança tem oportunidade de refletir sobre as formas orais e a grafia das palavras. Deste modo, fica claro o quanto o protagonismo do professor é essencial para que a alfabetização aconteça.
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Abraços!
Iara Rodrigues
(Texto redigido por Iara Rodrigues e revisado por Daiane Garcia).
*Referência: MORAIS, Artur G. Sistema de Escrita Alfabética. São Paulo: Melhoramentos, 2012