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Por muito tempo, convencionou-se que a ortografia deveria se resumir em trabalhar o F ou V, o R ou RR, S ou Z, dentre outros. Sempre com uma visão tradicionalista de que a intencionalidade do educador para justificar as suas atividades não era importante.
Hoje, a grande questão não é O QUE ensinar, mas saber COMO e QUANDO devemos começar a corrigir os erros em sala de aula.
É importante entender e trabalhar a ortografia de uma maneira prática e protagonista, respeitando a hierarquia linguística e curricular, mas trazendo as turmas para um aprendizado ativo e dinâmico.
Não se trata, simplesmente, de saber que não é preciso decorar ou memorizar as regras como antigamente.
Para começar, você sabe o que a ciência nos fala sobre isso? Para onde apontam as pesquisas nacionais e internacionais sobre o assunto? Essa resposta é fundamental para basearmos a nossa prática na teoria (naquilo que os pesquisadores entendem sobre a nossa língua).
O que é ortografia?
Mas, afinal de contas, qual o conceito de ortografia? A ortografia é uma invenção relativamente recente. A história da escrita perpassa por desenhos, representações e símbolos, até chegar na nossa escrita atual.
Inicialmente, escrevia-se tudo junto. Foi, através de uma convenção, que a ortografia passou a determinar o espaçamento e a acentuação das palavras.
Portanto, é algo completamente cultural. Imposto de fora para dentro, de cima para baixo.
A sua grande função é organizar o idioma. Caso contrário, com cada um escrevendo de um jeito, a comunicação entre as pessoas seria impossível.
Mas, o que priorizar em cada ano escolar?
A aprendizagem da ortografia não pode ser confundida com o SEA (sistema de escrita alfabética). Se a criança não conhece as letras, é preciso fazê-la avançar. Conhecer as letras, escrever de forma silábica, sempre tendo uma estratégia para superação de cada uma dessas etapas.
1º ano escolar) O erro mais comum costuma ser a letra espelhada, por isso, é fundamental desenvolver o reconhecimento do SEA.
2º ano escolar) Quando a criança já está alfabética, os principais objetivos devem ser as regularidades, como R ou RR, C ou QU, G ou GU, dentre outros.
3º ano escolar) Precisamos entrar nas irregularidades, na parte em que a convenção fica mais latente, por exemplo:
“H só fica antes de vogal”, “quando usar L e U no final de palavra”, “Li ou Lh”, “X ou CH” etc.
Como atividades de fixação existem algumas estratégias gerais e sistematizadas que podem ser utilizadas com as suas turmas e em todas as dificuldades.
a) escrever, em 3 minutos, as palavras que foram trabalhadas na aula anterior;
b) desenvolver uma história com as palavras trabalhadas (emoção e memória);
c) criar derivados das palavras (memória semântica);
d) escrever uma palavra, passar para o colega, ler e escrever outra de mesma dificuldade (que não pode ser derivada) e assim por diante;
e) realizar um ditado – com intencionalidade na sua aplicação (ditado com propósito).
É preciso sempre ter muita coerência na aplicação dessas técnicas. Lembrando-se que ensinar não é corrigir apenas. Existe um contexto para que o aluno consiga entender a regra.
Se você está com dificuldades com a alfabetização dos seus alunos precisa de ideias e dicas práticas para melhorar as suas aulas, vale a pena assistir à nossa live sobre como trabalhar a ortografia, clicando aqui.
Por fim, se esse assunto te interessa, não deixe de conhecer o POP (Programa de Ortografia na Prática) e domine as melhores técnicas para aplicar imediatamente em sala de aula!
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Grande abraço,
Iara Rodrigues
(Texto redigido por Iara Rodrigues e revisado por Daiane Garcia).
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Uma proposta inovadora para trabalhar ortografia.
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Daiane Garcia
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